
Os metalúrgicos da fábrica da Renault‐Horse em São José dos Pinhais, Curitiba, região onde se concentra boa parte da produção de automóveis do Brasil, estão em greve desde 7 de Maio. A fábrica emprega 5.000 trabalhadores.
Os grevistas reivindicam salários mais altos e um bónus, pausas mais longas, a contratação de 300 trabalhadores e melhor cobertura de saúde.
A falta de pessoal está a provocar ritmos de trabalho infernais, que põem em perigo a saúde e a segurança dos trabalhadores. Os trabalhadores têm apenas 5% do seu tempo de trabalho para “respirar” ou ir à casa de banho, diz o Sindicato dos Metalúrgicos. A Renault comprometeu‐se apenas com cinquenta novas contratações e um bónus que fica muito aquém das reivindicações. A 28 de Maio, a multinacional francesa declarou que só voltaria a negociar quando o trabalho retomasse, alegando ser a greve “ilegal”. Na ausência de acordo, os trabalhadores decidiram continuar em greve. Com três semanas no final de Maio, é um recorde no Brasil.