
90 jovens de 11 países proclamam:
“Abaixo a guerra, abaixo a exploração!”
Vimos da Palestina, dos Estados Unidos, do México, do Canadá, da Azânia (África do Sul), da Rússia, da Ucrânia, de Portugal, de Itália, do Estado espanhol e de França. Reunimo-nos por ocasião do encontro internacional de jovens revolucionários, organizado pela secção francesa da IVª Internacional.
Um encontro internacional pela sua composição e internacional pelo conteúdo
Há um ano, findo o primeiro encontro internacional de jovens revolucionários, despedíramo-nos. Poucos meses volvidos, a situação mundial foi sacudida, e continua a sê-lo, por um acontecimento da maior importância: o genocídio do povo palestiniano em Gaza. A situação tem provocado o horror e a indignação dos jovens do mundo inteiro.
Há uma relação entre o que acontece em Gaza e a barbárie que há mais de dois anos se desenrola na guerra na Ucrânia. Porque as guerras não são acidentes: elas estão no âmago das leis do capital, no âmago do sistema de exploração capitalista em decomposição.
Os jovens estão na primeira linha da barbárie das guerras imperialistas
“Nós compreendemos que, para os trabalhadores dos países ocidentais, o principal inimigo é a NATO. Mas o regime de Putin também é inimigo dos trabalhadores”, disse um camarada da Rússia. Um camarada ucraniano contou como, no seu país, “os soldados agarram nos jovens em plena rua, metem-nos à força nos camiões e mandam-nos para a frente de batalha”.
“Não temos problema nenhum com os judeus, somos, sim, contra o sionismo. Não podemos aceitar estas mortes, estes massacres, não podemos aceitar não termos o direito de viver na nossa própria terra”, declarou um camarada palestiniano.
Por todo a parte os orçamentos militares explodem, gastam-se milhares de milhões na guerra, para continuar com os massacres e a barbárie. São esses milhares de milhões que fazem falta aos jovens e à classe trabalhadora para poderem viver como deve ser, para poderem estudar.
Repetimos, mais do que nunca: os jovens não são inimigos uns dos outros
“Apoiamos incondicionalmente o povo palestiniano”, disse um camarada norte-americano. O nosso inimigo é o nosso próprio governo fautor de guerra. Aspiramos a um futuro de paz e liberdade!
Discutimos a situação da guerra, a opressão das mulheres, as questões nacionais e o direito dos povos a disporem de si mesmos, a destruição do ambiente… Todas as discussões repõem sempre o mesmo problema: é preciso derrubar o sistema capitalista, é preciso pôr-lhe termo! É necessário, mais do que nunca, continuar a reforçar os laços entre os jovens do mundo inteiro. Formámos, juntos, o comité organizador do Terceiro Encontro Internacional de Jovens Revolucionários!