O Parti des travailleurs declara, conforme mandato do seu VIIº Congresso Nacional (19 e 20 de Outubro de 2024):
1. Do genocídio em Gaza à guerra de extermínio no Líbano, do morticínio na Ucrânia e na Rússia aos preparativos para a guerra contra a China, passando pelas guerras de pilhagem em África, estamos em presença de uma e a mesma guerra imperialista, uma guerra das grandes potências capitalistas pela pilhagem dos recursos e pela partilha de zonas de influência.
2. A unidade desta guerra imperialista deu-a, a 20 de Abril de 2024, a administração Biden, ao pôr à votação, no mesmo dia, despesas militares adicionais no valor de 61 mil milhões de dólares para a guerra na Ucrânia, 26 mil milhões para Israel e 8 mil milhões para os preparativos de guerra contra a China.
3. A guerra imperialista baralhou as cartas dentro do movimento operário internacional. De um lado, os que, sejam quais forem os pretextos invocados, alinham no campo dos governos fautores de guerra. Do outro, os que combatem os governos fautores de guerra e procuram salvaguardar a independência da classe trabalhadora.
4. Quem não condena esta guerra imperialista como um todo, quem diz condenar um aspecto da guerra, mas apoiar outro, quem silencia esses outros aspectos, não pode reclamar para si as melhores tradições internacionalistas do movimento operário.
5. Ninguém que vote a favor dos créditos da guerra (como fizeram, em mais de trinta ocasiões, deputados de “esquerda” do Parlamento Europeu, as pretensas “socialistas” deputadas do Partido Democrático ao Congresso americano, em 20 de Abril, ou os pseudo-comunistas na Duma russa), ou camufle tal votação pode reivindicar opor-se à guerra.
6. Ninguém que faça a mínima concessão à NATO, à ONU e aos governos fautores de guerra, sejam eles o de Biden, Putin, Netanyahu, Macron, Scholz, Starmer, Sanchez, Zelensky, etc., pode pretender estar do lado dos trabalhadores.
7. Considerando a natureza imperialista da guerra, a responsabilidade de quem lhe quer pôr termo é lutar, em cada país, pelo derrube dos governos fautores de guerra segundo a velha palavra de ordem: “o inimigo principal está no nosso próprio país”. Lutar contra a guerra é, pois, ajudar a classe trabalhadora a travar a sua luta de classe contra os governos fautores de guerra. Para nós, em França, é, portanto, ajudar a classe trabalhadora a travar a sua luta de classe contra o governo Macron-Barnier.
8. Mobilizar a classe trabalhadora e a juventude contra a guerra ⎼ portanto, contra os governos fautores de guerra ⎼ implica dizer: “Nem um tostão, nem uma arma, nem um soldado para a guerra suja deles!” Implica lutar pela confiscação das despesas militares para responder às necessidades da população.
9. Aos governos fautores de guerra e às instituições imperialistas (G7, NATO, ONU, etc.), às tentativas de atirar os povos uns contra os outros, devemos, em cada país, opor a unidade dos trabalhadores de todo o mundo, portanto o combate pela Internacional operária.
10. O Parti des Travailleurs, mandatado pelo seu VIIº Congresso, transmite esta posição a todos os militantes, grupos e organizações do movimento operário com quem tem contacto.
Propõe a todos os que partilham a linha geral desta posição convocarmos conjuntamente, com a máxima brevidade, uma iniciativa internacional contra a guerra e a exploração, pela Internacional Operária.