Apelo por um encontro internacional de emergência contra a guerra imperialista global

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Centenas de milhares de cadáveres juncam os campos de batalha da Ucrânia e da Rússia, de Gaza e do Líbano, do Sudão e do Congo (RDC). Milhões de homens e mulheres ficarão mutilados para o resto das suas vidas. Abandona-se toda a civilização herdada das gerações anteriores à mais selvagem barbárie.

Sejam quais forem os responsáveis imediatos pela deflagração de uma ou outra das guerras, uma coisa é certa: a guerra que provoca este caos é fruto do imperialismo. Ela nasce da vontade das classes capitalistas de viverem da exploração do trabalho humano e das riquezas naturais do planeta.

Os principais grupos capitalistas que dominam o planeta reivindicam-no abertamente: assim o chefe executivo do JP Morgan, o mais poderoso banco de investimentos dos Estados Unidos: “A Terceira Guerra Mundial já começou. Os conflitos individuais já estão coordenados de país para país” (Fortune, 29 de Outubro).

Sim, é uma guerra das grandes potências capitalistas. Uma e a mesma guerra imperialista, dos campos de batalha da Ucrânia e da Rússia ao genocídio em Gaza e à invasão criminosa do Líbano, da guerra sem fim no Sudão e no Congo aos preparativos de guerra americana contra a China.

Guerra que serve de pretexto para aumentar as despesas militares como nunca na História, no interesse exclusivo da indústria do armamento, em benefício da qual todos os governos capitalistas esbulham os orçamentos dos serviços públicos.

Uma guerra no exterior” que acelera a guerra interna” dos governos capitalistas contra os trabalhadores e as conquistas operárias e democráticas obtidas pelas gerações anteriores.

uma força social capaz de travar a corrida para a guerra total: a classe trabalhadora internacional. A classe que produz todas as riquezas, capaz de puxar todas as camadas oprimidas da sociedade para se pôr um fim definitivo à guerra e extirpar a sua raiz, a exploração capitalista.

Por isso sustentamos que quem sinceramente queira lutar pela paz e pela fraternidade entre os povos tem de lutar pela independência do movimento operário em relação a todos os governos fautores de guerra, os de Biden e Trump, de Netanyahu, de Putin, de Zelensky, de Macron, de Scholz, de Starmer, de Sanchez ou de Albanese, e todos os governos que se lhes subordinam.

Quem sinceramente queira lutar pela paz e pela fraternidade entre os povos tem de rejeitar as manobras daqueles que, condenando a guerra em Gaza, apoiam a guerra da NATO na Ucrânia ou os preparativos para uma guerra americana contra a China, que tem como única motivação a vontade dos capitalistas de se voltarem a apropriar do mercado chinês.

Quem sinceramente queira lutar pela paz e pela fraternidade entre os povos tem de se pronunciar pelo direito do povo palestiniano a decidir livremente do seu próprio destino, ao arrepio de todas as decisões contra ele tomadas nos últimos 76 anos.

Quem sinceramente queira lutar pela paz e pela fraternidade entre os povos tem de exigir a retirada das tropas russas da Ucrânia, a retirada das tropas ucranianas da Rússia, a retirada das tropas da NATO da Europa, a retirada das tropas estrangeiras (nomeadamente as francesas) de África e a retirada das tropas israelitas do Líbano, de Gaza e da Cisjordânia. 

Quem sinceramente queira lutar pela paz e pela fraternidade entre os povos tem de declarar, em todos os países imperialistas, que o inimigo principal dos trabalhadores é o seu próprio governo, devendo, pois, ajudar a luta de classe dos trabalhadores a correr com o “seu” governo fautor de guerra.

Quem sinceramente queira lutar pela paz e pela fraternidade entre os povos tem de organizar a mobilização dos trabalhadores e dos jovens, em massa, por “nem um cêntimo, nem uma arma, nem um soldado para a guerra suja deles!” e para que os milhares de milhões gastos na guerra sejam confiscados e afectados às necessidades do povo.

Quem sinceramente queira lutar pela paz e pela fraternidade entre os povos tem de condenar a votação de créditos de guerra por deputados que falam em nome dos trabalhadores (os deputados dos DSA ao Congresso dos EUA, a maioria dos deputados de “esquerda” no Parlamento Europeu e os deputados do Partido “Comunista” à Duma russa).

Por sobre campos de batalha, valas comuns e fronteiras, as trabalhadoras e trabalhadores, os soldados mandados para a matança, a juventude, os camponeses e os povos oprimidos têm, à guerra imperialista, de opor a bandeira da luta pela Internacional Operária: Proletários de todos os países, uni-vos!

Sem embargo dos diferentes pontos de vista que temos e das nossas origens políticas e sindicais respectivas, nós, militantes, organizações, partidos e correntes do movimento operário decidimos unir as nossas forças num encontro internacional de emergência contra a guerra imperialista global, a realizar no mês de Março de 2025 em Paris.

Lista de primeiros subscritores

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