A resistência do movimento operário e popular mundial é urgente!

Planos americano-israelitas de deportação do povo palestiniano

Noticia a imprensa que a administração Trump e o regime sionista de Netanyahu estão a trabalhar num plano para deportar milhões de palestinianos para países africanos. A faixa de Gaza ficaria então para livre para realizar o plano trumpiano da “Riviera do Médio Oriente”, ilustrado pelo célebre video de IA.

Fala a imprensa de contactos da administração americana com o Sudão (em guerra civil), a Somália (idem) e o território da Somalilândia, pertencente à Somália, mas em secessão desta.

À medida que a campanha de destruição do povo palestiniano avança, vão-se tornando cada vez mais arrepiantes os paralelos entre os métodos do sionismo e os do nazismo, duas ideologias baseadas na supremacia racial. Não faltam, no mais, na actual direcção do Estado sionista, nazifascistas confessos, como os ministros Smotrich e Ben Gvir.

É do conhecimento universal que a “solução final” do regime nazi alemão para o “problema judeu” consistiu na decisão de exterminar em massa os judeus dos países sob controle do exército alemão. Cinco a seis milhões de mortos foi o resultado.

Menos conhecido é que essa solução foi posta em prática depois de outros planos se terem malogrado, designadamente planos de deportação em massa das populações judias europeias para África — primeiro o Uganda, depois Madagascar (a Palestina também chegou a ser considerada).

Este plano nazi de deportação em massa dos judeus, nomeadamente da Polónia, para Madagascar começou a ser operacionalizado. Acabou por ser inviabilizado pelo fracasso da invasão alemã da Grã-Bretanha e pelo bloqueio naval britânico, que impedia a transferência de milhões por via marítima.

Os modernos planos de deportação do povo palestiniano urdidos pelo imperialismo e pelo sionismo chocam com a determinação de todo um povo em não abandonar a sua terra milenar, de que foi potente ilustração o retorno a pé de centenas de milhar ao Norte da Faixa de Gaza logo que foi anunciado o cessar-fogo.

Porém, a história mostra que, de planos delirantes de deportação elaborados por regimes supremacistas assassinos ao genocídio e ao holocausto, o passo não é muito grande.

A resistência do povo palestiniano não falha; mas, para impedir a repetição da história, ela carece urgentemente da solidariedade activa e sem reservas do movimento operário e dos povos oprimidos do mundo, a começar pela dos trabalhadores e da juventude dos próprios Estados Unidos e dos países da União Europeia, que são cúmplices activos da máquina assassina de Netanyahu.