A invasão da Ucrânia por tropas russas indigna os trabalhadores e a juventude no mundo inteiro.
A invasão segue-se a meses e anos de escalada militar instigada pela administração americana e pela NATO e de cerco militar crescente à Rússia – e à China.
Mas a agressão militar do regime de Putin não atinge a NATO, nem atinge o regime ucraniano, submisso à UE e aos EUA. Enquanto os grandes capitalistas russos e ucranianos se põem a salvo e aos seus capitais, os bombardeamentos atingem os trabalhadores e o povo da Ucrânia. Quem morre na rua são jovens soldados russos e ucranianos, filhos de trabalhadores manuais e intelectuais, não são, nunca foram, os filhos dos responsáveis pelas guerras.
As sanções americanas e da UE atingem, por sua vez, não os “oligarcas”, mas sobretudo os trabalhadores e o povo da Rússia. Nunca sanções resultaram em atingir líderes de Estados, resultam sempre em mais miséria para os povos,
Como mostra a corajosa resistência que sai à rua em Moscovo e nas cidades russas, os interesses dos trabalhadores russos não têm nada que ver com o regime de Putin, tal como os interesses dos trabalhadores ucranianos nada têm que ver com o regime ucraniano. Nenhum dos regimes impediu a crescente miséria das suas populações, a migração, o exílio político e económico.
Mas não nos enganemos, os interesses a defender por quem vive do trabalho nada têm que ver com os regimes da NATO, que mantêm guerras imperialistas de destruição em grandes partes do mundo, destinadas a assegurar o saque capitalista das matérias-primas e a exploração sem fim das populações, aumentando os lucros do armamento, produzindo miséria, refugiados e barbárie social.
Os interesses dos trabalhadores e da juventude da Rússia e da Ucrânia são os mesmos; e são os mesmos dos trabalhadores e da juventude portugueses, americanos, alemães, palestinianos ou africanos: o fim da guerra e da exploração, a paz, uma economia de cooperação entre os povos e nações livres, independente de língua, etnia, credo ou nação.
Esta reunião, aberta a todos os que em Portugal, portugueses, ucranianos, russos ou de qualquer outra nacionalidade, rejeitam sem condições a agressão do regime de Putin, mas rejeitam igualmente a NATO, pretende debater de forma livre e democrática e organizar uma posição pública clara contra a guerra.
Participa! Fim à Guerra, Paz entre os povos.
Este Domingo, 6 de Março de 2022, às 15h, na Fábrica do Braço de Prata em Lisboa
Nem Putin, nem Biden, nem NATO!
Retirada das tropas russas da Ucrânia!
Nem um soldado português para as forças de intervenção da NATO!
Portugal fora da NATO! Dissolução da NATO!
assinado: Raquel Varela, Mário Tomé, Adriano Zilhão