28 de Janeiro – dezenas de milhares de professores e trabalhadores da educação em marcha

UM MAR DE PROFESSORES E TRABALHADORES
DA EDUCAÇÃO ENCHE LISBOA

“COSTA, ESCUTA, A ESCOLA ESTÁ EM LUTA!”
“NÃO PARAMOS, NÃO PARAMOS!”
“CHEGOU A HORA, CHEGOU A HORA!”

Um mar de professores e trabalhadores da educação, pais e trabalhadores em geral marcharam no dia 28 de Janeiro do Ministério da Educação até Belém.

Foi a segunda marcha em quinze dias. A marcha, como a greve, convocada pelo STOP, foi organizada pelos próprios professores e funcionários, escola a escola, cidade a cidade.

A resposta do ministro e do governo (e do presidente) às reivindicações, universalmente tidas como justas e urgentes, tem-se, porém, resumido a ameaças:

– a ameaça de ilegalizar a greve, os fundos de greve… (“examinar a legalidade da greve“) e
– a ameaça – entretanto, concretizada – de criminalizar a greve, decretando “serviços mínimos” que a transformem numa autoflagelação dos grevistas.

Não é novidade. Quando confrontados com greves verdadeiras, não subordinadas à “previsibilidade” das “jornadas de luta” e manifestações simbólicas dos Mários Nogueiras deste mundo (que, como o dito recentemente admitiu em entrevista à TSF, são parte integrante do sistema), os governos (da geringonça) de Costa responderam com a polícia de choque contra os estivadores, o exército contra os motoristas, a difamação contra as enfermeiras…

Mas os professores e profissionais da educação chegaram ao limite do que podem tolerar. A inflação continua-lhes a cortar os salários dia após dia. Muitos, vistos os preços da habitação, vêem-se obrigados a pagar para trabalhar – enquanto o futuro que lhes reservam é a destruição da carreira e pensões de miséria ao fim de décadas de precariedade.

Depois do 14 e do 28 de Janeiro: A luta continua!