DEPOIS DO LANÇAMENTO DE MILHARES DE MÍSSEIS A PARTIR DE GAZA CONTRA CIDADES ISRAELITAS – Israel declara guerra

Na madrugada do passado sábado 7 de Setembro, o grupo palestiniano Hamas, que governa a faixa de Gaza, lançou um ataque com mísseis e incursões surpresa contra vários pontos de Israel, provocando 600 vítimas mortais, segundo as autoridades israelitas.
A imediata retaliação Israelita, com o lançamento de ataques aéreos à Faixa de Gaza, terá já feito quase 400 mortos (situação a 8 de Outubro).
Num aviso de inultrapassável cinismo, o primeiro-ministro de Israel, Netanyahu, avisou a população de Gaza para “sair” de lá, em preparação da resposta israelita. Gaza é conhecida como “prisão a céu aberto”, donde é impossível sair. Netanyahu prepara, pois, um massacre sem precedentes.
Para isso serve a sua declaração de que Israel está em guerra e que será “longa”. As consequências para o conflito e para o Médio Oriente são, para já, imprevisíveis.
O desespero e a revolta da população palestiniana são o pano de fundo desta resposta à ocupação da sua terra pelo Estado de Israel, que continua a implantar colónias e a asfixiar Gaza, alvo de um bloqueio económico devastador.
E a reacção da famosa “comunidade internacional“? Será que, a pensar numa outra guerra de ocupação em curso dois mil quilómetros a Norte, os Costas, Bidens, Macrons, Sunaks e quejandos declararam, solenes e resolutos, que condenam a ocupação da nação palestiniana, apoiam a sua legítima resistência contra o invasor e ocupante e lhe farão chegar todos os meios e armas para lhe resistir?
A pergunta é retórica. É evidente que declararam, no caso desta guerra de resistência, que apoiam incondicionalmente o Estado ocupante e o seu regime teocrático de apartheid e lhe farão chegar o dinheiro e as armas necessários para acabar de esmagar o povo palestiniano no sangue e no fogo.