Putin manda liquidar Alexei Navalny na prisão

As autoridades russas anunciaram, a 16 de Fevereiro, que Alexei Navalny tinha morrido na prisão. Estava a cumprir uma pena de dezanove anos de prisão por “extremismo”. O envenenamento, a liquidação de opositores e as condenações por “extremismo” são as marcas do regime de Putin, que foi formado na escola policial do estalinismo.

Independentemente das posições políticas de Navalny, qualquer organização de trabalhadores não pode deixar de condenar o seu assassinato, ordenado pelo Kremlin. Tal não invalida o facto de que Navalny não era um amigo dos trabalhadores, longe disso. Político pró-NATO e líder da “oposição liberal”, envolveu-se com as “marchas russas” de iniciativa da extrema direita ultranacionalista. A sua liquidação, um mês antes das eleições presidenciais, foi um sinal de que todos os que se oponham ao Kremlin serão esmagados, tanto à “direita” como à “esquerda”. Porque são muitos os militantes sindicalistas, anarquistas, socialistas e comunistas nas prisões, embora recebam menos atenção mediática do que Navalny.

Como disse um activista operário russo exilado: “A esquerda e o movimento operário, ao contrário de outras forças sociais, defendem sistematicamente a democracia mais ampla possível e, por conseguinte, a libertação de todos os presos políticos, independentemente das suas opiniões sobre a economia e a sociedade.