São cada vez mais os apelos dirigidos aos governos americano e francês
“Será que os Estados Unidos vão continuar a armar Israel e depois deplorar o uso excessivo dessas armas?“, escreve o jornalista israelita Gideon Levy no Haaretz (19 de Fevereiro).
Esta é a questão fundamental: a suspensão imediata do fornecimento de armas pelos Estados Unidos, França e outras potências imperialistas aos genocidas de Gaza. Porque, como disse o presidente brasileiro Lula, “o que está a acontecer não é uma guerra entre soldados, mas um genocídio“.
Até o chefe da diplomacia da União Europeia, Borrell, o disse a 12 de Fevereiro, referindo-se às declarações de Biden: “Se acham que estão a ser mortas demasiadas pessoas, talvez devessem fornecer menos armas para evitar que tantas pessoas sejam mortas“.
O que se aplica aos Estados Unidos também se aplica à França, como bem salienta Jean-Claude Samouiller, presidente da Amnistia Internacional. Numa “carta aberta a Emmanuel Macron” (20 de Fevereiro), sublinha que “para impedir o genocídio dos palestinianos na Faixa de Gaza“, o governo francês deve “pôr fim à exportação de armas e de material de guerra e à emissão ou renovação de licenças de exportação para Israel“.
Perante a mobilização da opinião pública nos seus países, os governos espanhol, italiano e belga (bem como a região da Valónia) foram obrigados a suspender o fornecimento de armas a Israel. Cabe ao movimento operário fazer com que Biden e os governos francês, britânico e alemão cedam: nem um cêntimo, nem uma arma para Netanyahu! Rompam todos os laços com os assassinos!