Mais serviços com menos orçamento na saúde?

Logótipo do Serviço Nacional de Saúde (SNS), em Lisboa, 19 de fevereiro de 2019. MANUEL DE ALMEIDA/LUSA

O JN de 15 Maio de 2016 noticiava que os hospitais estavam em guerra contra cortes na Saúde (http://www.jn.pt/nacional/interior/teaser1-5174887.html#ixzz48iYYHwG6
Segundo o JN, os hospitais do Norte e do Centro “recusam aumentar a produção (mais consultas, cirurgias e exames) com um orçamento igual ou inferior ao do ano passado. E, por isso, várias unidades rejeitaram assinar os contratos-programa que definem o financiamento que o Ministério da Saúde quer impor para este ano.” Indica o Jornal de Notícias que alguns hospitais teriam avisado, na véspera de uma reunião com o Ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, que não iriam assinar o documento, conseguindo obter uma melhoria orçamental, segundo informação ao JN da presidente do Conselho Diretivo da Administração Central do Sistema de Saúde. Os casos pendentes ficariam resolvidos “na próxima semana”.

Não são estas imposições ministeriais a continuação das regras da U.E.? Cortar, cortar, tal como fazia o anterior governo? O governo PS tem afirmado que agora tudo se subordina à lógica orçamental,  determinada pelo objectivo de défice que a Comissão Europeia aceitou. Teremos saída dentro deste enquadramento político que oprime todos os povos da Europa? Primam as necessidades dos sistema de saúde e a cobertura universal da população, ou prima o “objectivo do défice”? 

A escolha feita quando este governo aceitou acatar os “compromissos de Portugal com a União Europeia” vai-se tornar rapidamente bem visível, a não ser que António Costa passe da retórica da indignação com as exigências da União Europeia para a lógica de ruptura com elas.