A justiça franquista ousou condenar os dirigentes catalães já presos há dois anos a entre 9 e 13 anos de prisão.
As sentenças revelam a natureza das instituições da monarquia e da Constituição de 1978, dos aparelhos policial e judicial herdados do franquismo.
Ora, como disse um dos presos, Jordi Sánchez, a única arma que o povo catalão usou e por que os dirigentes agora são castigados foi o voto. O voto que decidiu a instauração da República no referendo de Outubro de 2017.
Porém, o regime de Madrid sabe que um milímetro que ceda à democracia lhe será fatal.
Enquanto isso, os povos de Espanha aprendem que só a livre constituição de repúblicas das várias nações espanholas poderá levar a uma união livre das Repúblicas de Espanha.
Todos aqueles que, como Pedro Sánchez, chefe do PSOE, assinaram ou aceitaram os pactos que deixaram no lugar as instituições do regime franquista, incluindo a monarquia borbónica, fazem agora, inveitavelmente, o vergonhoso papel de mandatários da polícia franquista e da sua feroz repressão sobre o povo catalão.
Não menos vergonhoso é o alinhamento incondicional do primeiro-ministro português com os matadores da democracia. A isso o obriga a subjugação à União Europeia e aos seus tratados antidemocráticos. A UE defende com unhas e dentes o regime pós-franquista e é à UE que ele se agarra.
O povo catalão, pelo seu lado, ergueu-se como uma só voz, protestando contra as sentenças, entrando em desobediência civil generalizada, fazendo manifestações-monstro e a greve geral. E atenção, Barcelona não ficou só! Grandes manifestações de solidariedade decorreram no País Basco, em Madrid, na Andaluzia…
O “crime” pelo qual prendem os catalães, o crime da República, cometeu-o o povo português em 1910.
Os verdadeiros criminosos são os Borbões e os que os apoiam.
Liberdade imediata para os presos catalães! República, já!
