dizem os especialistas da ONU (16 de Novembro)
Números e factos: alguém se atreve a negá-los?
(traduzido e adaptado de Dominique Ferré, La Tribune des Travailleurs nº416)
De 7 de outubro a 16 de novembro: 13.300 mortos em Gaza (5.600 crianças); 216 palestinianos mortos na Cisjordânia; em Israel, 1.200 israelitas mortos no ataque do Hamas de 7 de Outubro.
15 de Novembro: o exército israelita toma de assalto o Hospital Al-Shifa, em Gaza; são expulsas milhares de mulheres e crianças lá refugiadas. Em 20 de novembro, cerca de 250 palestinianos gravemente feridos continuavam, dado o seu estado, fechados no interior, sem comida nem água.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), dos 39 bebés prematuros que havia no Hospital Al-Shifa, tirados das incubadoras devido aos cortes de energia, apenas 28 sobreviveram, evacuados para o Egipto em 2 de Novembro; 11 estão em estado crítico.
O Hospital Indonésio (ao norte da cidade de Gaza) – onde se encontram 6.000 pacientes, pessoal e refugiados – está sitiado pelo exército israelita desde 20 de Novembro. Já foram mortas 12 pessoas. O bloco operatório, danificado, já não permite realizar operações.
De acordo com o Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk, imagens do ataque israelita à escola de Al-Fakhoura, no acampamento de Jabaliya (Gaza), em 18 de Novembro, “mostram claramente muitas mulheres, crianças e homens gravemente feridos ou mortos”. Três outras escolas que abrigam refugiados foram atacadas em 48 horas.
Nas prisões israelitas, os presos políticos palestinianos estão sujeitos a medidas punitivas: corte de electricidade, cancelamento de visitas e exames médicos, etc. (19 de Novembro).
Em 20 de Novembro, pais de israelitas presos pelo Hamas protestaram no Knesset (parlamento israelita) contra o ministro Ben Gvir. Um deles, Gil Dikman, declarou: “você disse que queria arrasar Gaza. O meu primo está lá. A mulher dele também. Há lá bebés. Bebés judeus e árabes! (…) ‘Arrasar, aniquilar, cilindrar’ Mas quem é que vai cilindrar? Os mesmos seres humanos que abandonou!”
Na Cisjordânia, de acordo com o Departamento das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários, cerca de 1.150 criadores de gado palestinianos foram expulsos desde 7 de Outubro pelo Exército e pelos colonos. Aldeias inteiras como Radhem e Zanutah foram despovoadas.
A organização democrática israelita Yesh Din conta mais de 185 ataques de colonos contra palestinianos em mais de 84 aldeias e cidades, durante o mesmo período.
O Times of Israel (16 de novembro) relata que o Exército recrutou colonos da Cisjordânia para formar seis “batalhões defensivos regionais“.
O jornal israelita Haaretz (18 de Novembro) relata que uma investigação oficial israelita apurou que “aparentemente” um helicóptero militar israelita matou civis israelitas durante o ataque do Hamas ao festival Nova, perto do Kibutz Ra’im, no dia 7 de Outubro.
O director do cemitério militar israelita do monte Herzl, David Oren Baruch, disse, no dia 20 de Novembro, que: “enterrámos cinquenta soldados em quarenta e oito horas”. As perdas militares israelitas nos combates de rua em Gaza são elevadas.