PARAR IMEDIATAMENTE TODOS OS FORNECIMENTOS DE ARMAS E MUNIÇÕES E TODA A AJUDA FINANCEIRA A ISRAEL!

Os trabalhadores, a juventude e os povos de todo o mundo têm assistido com horror ao genocídio em curso em Gaza (já mais de 30.000 mortos) e à ameaça iminente de um banho de sangue em Rafah.

O facto é: sem os fornecimentos diários de armas dos Estados Unidos e dos principais países europeus e da Austrália, Netanyahu não poderia continuar os seus massacres.

De Melbourne (Austrália) a Oakland (EUA), das docas da África do Sul aos portos da Índia, há já sindicatos a assumtir as suas responsabilidades e a bloquear o envio de armas para Israel.

Vários governos europeus têm stido obrigados pela opinião pública de massas a suspender o fornecimento de armas.

Asstim sendo, nós, abaixo assinados, sindicalistas, dirigentes e activistas políticos, democratas, artistas, desportistas, etc., declaramos ser

URGENTE, para travar a mão dos assassinos, obrigar, desde já, os governos Biden, Sunak, Scholz, Macron e Albanese* a SUSPENDEREM IMEDIATAMENTE TODOS OS FORNECIMENTOS DE ARMAS E MUNIÇÕES E TODA A AJUDA FINANCEIRA A ISRAEL!

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*Os governos dos Estados Unidos, do Reino Untido, da Alemanha, da França e da Austrália.

Uma exigência que cresce por todo o mundo

Mais de 536 activistas sindicais e políticos e figuras públicas de 34 países assinaram o apelo que exige que os governos aliados de Israel parem de enviar armas, munições e ajuda financeira aos genocidas.

É esta a questão central que se coloca hoje. Em 17 de fevereiro, o Wall Street Journal noticiou que a administração Biden estava a planear enviar dezenas de milhões de dólares em armas adicionais para Israel antes do ataque a Rafah.

De acordo com um relatório do Ministério da Defesa francês (Julho de 2022), o governo francês exportou cerca de 200 milhões de euros em armas para Israel desde 2013, incluindo “bombas, torpedos, foguetes, mísseis, outros dispositivos explosivos e cargas e equipamentos e acessórios relacionados” e sistemas de orientação de mísseis de alta tecnologia. É por isso que o presidente da Amnistia Internacional França escreveu numa “carta aberta a Emmanuel Macron“, a 20 de Fevereiro: “Perante o risco de genocídio, é urgente suspender todas as vendas de armas a Israel.

Do outro lado do mundo, na Austrália, a mesma ex igência está a ressoar.  Desta vez, era um governo de “esquerda” do Partido Trabalhista que estava a fornecer armas a Israel. Em 24 de fevereiro, por todo o país, “dezenas de milhares de manifestantes condenaram o apoio da Austrália à guerra genocida de Israel, através do fornecimento de armas e de informações militares“, relata a imprensa da Esquerda Verde.

Muito para além das fileiras do movimento operário, a exigência democrática de pôr fim ao fornecimento de armas está a ser ouvida. Entrevistado no Middle East Eye (24 de Fevereiro), o primeiro-ministro escocês, Humza Yousaf, declarou: “O governo britânico tem de deixar de armar Israel” porque “como é que alguém pode justificar o fornecimento de armas a um exército e a um governo responsáveis por violações tão flagrantes do direito humanitário?” Nos Estados Unidos, os activistas judeus da Jewish Voice for Peace denunciam: “Apesar dos crimes de guerra e das atrocidades flagrantes perpetradas pelo governo israelita, o Senado prepara-se para votar nos próximos dias um novo financiamento de 14 mil milhões de dólares de ajuda militar a Israel. (…) Digam já aos vossos senadores e congressistas: parem de armar este genocídio, votem não ao envio de novas armas para Israel“.

Também nos Estados Unidos, o Conselho dos Bispos da Igreja Episcopal Metodista Africana (a principal igreja negra do país) “foi mais longe do que um pedido de cessar-fogo, insistindo para que os Estados Unidos cessem imediatamente o seu apoio financeiro a Israel” (New York Times, 16 de Fevereiro). E os dirigentes do movimento operário internacional e de cada país? Cabe-lhes a responsabilidade de obrigar os governos cúmplices do genocídio a suspender o fornecimento de armas.  E, se necessário, organizar uma greve.

Os primeiros 536 signatários de 34 países

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